História

Fundado em 10 de maio de 1962, o município de Santa Rosa de Lima deve boa parte de sua história aos colonizadores alemães e imigrantes italianos que, no início do século, foram trazidos a Santa Catarina para proteger os carregamentos de “charque”(carne de sol) vindos do Rio Grande do Sul em direção a São Paulo. A presença de índios das tribos Botocatus e Aweikomas na chamada “rota do charque” dificultava o avanço das caravanas e impedia que a carne de sol, trazida do extremo sul do Brasil no lombo de mulas, chegasse ao seu destino.

Para solucionar o problema, os governos da época decidiram doar terras aos imigrantes, gerando desta forma sérios conflitos entre índios e colonos, que acabaram por dizimar todos os índios da região.

O município apresenta traços marcantes das danças, costumes e comidas típicas herdados dos primeiros colonizadores, com destaque para a famosa festa do “Gemüse”, nome de um prato típico alemão feito à base de batata, couve e carne de porco, que é realizada em Santa Rosa de Lima no mês de Maio, de dois em dois anos.

A arquitetura tipicamente alemã das casa e construções é uma atração à parte compondo o ambiente das pousadas e paisagens. Outros destaques são as diversas histórias da época da colonização contadas por antigos moradores aos visitantes.

Os atrativos culturais e a beleza natural da região fazem do município um ponto de parada obrigatória para todos aqueles que buscam a paz e tranquilidade que só o campo pode oferecer.

Alemães e açorianos foram primeiros colonizadores

A colonização de Santa Rosa de Lima teve seu início na passagem do Século XIX para o Século XX. Os primeiros moradores foram os açorianos e alemães. A partir de 1920 os alemães predominaram. Cerca de 75% das famílias eram e são dessa etnia. Trabalhavam na agricultura que era diversificada e 90% sustentável.

Naquela época, a estrutura familiar era relativamente numerosa. A maior parte dos casais tinha em torno de 10 filhos. O trabalho era coletivo tanto em casa quanto na roça. O convívio aproximava os familiares em reunião na hora do dito jantar ao meio dia (hoje almoço) e na ceia à noite (hoje jantar).

Convício com os animais

A colonização de base européia das Encostas da Serra Geral Catarinense sempre teve uma forte relação com os animais.

Além do importante papel na alimentação, os animais eram a força do homem nos trabalhos de extração da madeira e posteriormente nos cultivos das lavouras comerciais e de subsistência da família.
 
Os animais domésticos como a vaca, porco e frangos, tradicionalmente eram cuidados pelas mulheres. Apesar de uma maior presença do homem nessas atividades, hoje essa tradição ainda pode ser observada no trabalho das mulheres agricultoras, que acordam cedo para tirar o leite e tratar os animais.