Alunos de 9º ano de Florianópolis aprendem na prática sobre a atividade agrícola em Santa Rosa de Lima

A Escola Waldorf Arandu, de Florianópolis, mais uma vez escolheu Santa Rosa de Lima para receber seus alunos do 9º ano para aprenderem na prática sobre a atividade agrícola familiar. Ao todo, 13 estudantes foram acolhidos em seis propriedades rurais diferentes do município.

Os alunos permaneceram na região de domingo, 20 de agosto, a sexta-feira, dia 25. A visita faz parte da disciplina de Estágio Agrícola da instituição, em que se estuda a respeito da produção de alimentos oriundos da agricultura familiar. A Escola Waldorf Arandu é um estabelecimento de ensino particular sem fins lucrativos, e que utiliza uma abordagem pedagógica baseada na filosofia da educação do filósofo austríaco Rudolf Steiner.

“A primeira vez que estivemos em Santa Rosa de Lima para o nosso Estágio Agrícola foi no ano passado. Viemos por recomendação da equipe da Escola Waldorf Anabá, também de Florianópolis. Novamente, tem sido uma experiência muito enriquecedora para os alunos e para, nós, professores”, destaca o professor de Jardinagem Ricardo Lôpo.

Ele lembra que, em 2022, o grupo esteve em Santa Rosa de Lima já no período da Primavera. Deste vez preferiram visitar no Inverno. “Nesta época há mais atividades sendo realizadas nas propriedades. Isso torna nossa experiência ainda mais rica”, explica.

No decorrer da semana, os alunos, divididos em grupos menores, participaram ativamente do cotidiano de cada propriedade em que foram recebidos. Aprenderam, na teoria e na prática, sobre produção orgânica de alimentos, agroturismo e a agricultura familiar. Até mesmo ajudaram em algumas tarefas, como a colheita de verduras e frutas e a extração de leita das vacas.

A professora tutora da turma, Carolina Arruda, ressalta como a vivência no campo contribui para o desenvolvimentos dos estudantes. “É muito interessante, porque eles acabam aprendendo como o funciona todo o processo de produção de alimentos da agricultura familiar. Eles conheceram não apenas como determinado alimento é plantado, mas também como esse alimento é beneficiado e preparado para ser comercializado, até chegar ao consumidor”, comenta.

Aliás, a cooperação entre produtores para que esse alimento chegue à mesa das pessoas é uma dos aspectos que chamaram a atenção dos professores. “É muito legal ver como acontece essa interação, essa cooperação entre diferentes famílias de agricultores. Por exemplo, vimos como é feito o plantio e colheita da mandioca e como ela é levada até outra propriedade onde há um engenho. Lá, essa mandioca é transformada em polvilho”, enfatiza a professora Carolina.

“Os alunos acabam entendendo todo esse processo e levam esse aprendizado para a sua vida. A ponto de, até mesmo, alguns deles afirmarem não pretendem mais comer alimentos ultraprocessados. A gente sabe que isso é difícil, ainda mais quando se é criança. Mas, com certeza, eles terão um novo olhar e darão muito mais valor, a partir de agora, aos alimentos naturais”, comemora o professor Ricardo.